Quando observo esses “animais valorosos”, habitantes desses inúmeros currais, cuja localização é interior de grandes fazendas, etc., admira-me sua imponência, sua constância, sua aparente tranquilidade e é claro, sua total indiferença!
Isso porque, para eles, cavalos e bois e vacas, logicamente, tanto faz...
             Inclusive, cabe salientar, que quem tem a percepção e identificação de sua existência, são os seres pensantes, ao passo, que eles (os bichos)  sequer se dão conta quem são e o que fazem no tempo e no espaço!
Um dia ensolarado, sucede a outro dia ensolarado. Mas, repentinamente transforma-se num dia chuvoso, seguido de uma noite extremamente fria e vem a tempestade e os raios e aqueles criaturas, permanecem impassíveis, como se não tivesse acontecendo absolutamente nada ao seu redor...
E o que é pior, em sua grande maioria, não terão uma morte “decente”, pacata e calma, como acontece com a maioria das pessoas. Inclusive, soube disso, também , tempos depois, que até os próprios cavalos, os burros, os jumentos, são “objeto de desejo”, principalmente da culinária chinesa, que além de apreciar a carne de criaturas como gatos domésticos, cachorros, etc., a importação da carne desses pobres quadrúpedes, constitui para eles, verdadeira oportunidade de “saborear” segundo mesmo acreditam ser, os jegues e cavalos envelhecidos do Brasil, uma verdadeira “iguaria!”
Mas, bandeira em defesa dos animais à parte, continuando, com o tema, nenhuma emoção toca lá os animais, nesse caso, me refiro especificamente aos bois e cavalos. Sim, também pode entrar nesse rol,  as ovelhas, as cabras , os bodes, etc.
Durante o período de uma semana, onde dias e noites quentes, sucederam noites chuvosas e frias, para aquelas criaturas,  não mudou sua rotina em absolutamente nada. Comendo, bebendo estavam durante os dias quentes, também assim o fizeram noite a dentro e na chuva e tempestade que vieram ter , sem se importar com estado de aparente desabrigo que sobrevivem aqueles...
Por mais brutal, estúpido e mesmo sem sentido que possa parecer algum comentário no sentido de que, as pessoas, no mundo inteiro, não fazem pelas suas vidas, muito mais que os cavalos e os bois, parece ser, em muitos casos... a tônica!
Deitam, dormem, levantam de manhã cedo, seguem o rumo de suas vidas, trabalhando ou desempregados, sem sequer cogitarem aquilo que ao longo dos séculos tem inquietado boa parte da comunidade filosófica e mesmo algumas comunidades religiosas, no sentido de pelo menos cogitarem algo de sua ocupação de espaço, no espaço e mesmo no tempo, perguntando para esclarecimento geral, algo do tipo: “DE ONDE VIEMOS?! POR QUE VIVEMOS?! PARA ONDE IREMOS?! POR QUE MORREMOS?!”
E essas indagações precisariam ser feitas pela maioria da comunidade pensante, sob o risco de a vida dos seres humanos, se tornar a mesma repetição que ocorre com a vida dos animais pastando, sem se preocupar com o dia de amanhã... aliás, nem do hoje mesmo, que para os seres,  significaria enobrecer hoje,  sua existência, auxiliando o desfavorecido hoje, para não se tornar inevitavelmente, vítimas inconsequentes do destino amanhã...