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(...)Literalmente: a vida os separou e... A MORTE OS UNIU!(...)
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Essa pergunta, particularmente suscita algumas respostas, dentre as quais uma bastante óbvia e sem nenhum significado concreto, mas suspeitoso: acredito que não!
Ainda porque,   “para sempre” é muito tempo e mesmo no que diz respeito a uma amizade duradoura... há muito tinha acabado (?)
Retornando de um “ponto x” em direção a um “ponto y”, retornava eu tranquilamente, pelas ruas do Alto da Lapa, quando em determinado momento, nas proximidades do Cemitério ali existente, eis que o ônibus, parado num farol que há por lá, me fez olhar em direção ao que os antigos costumavam chamar de “campo santo” e foi justamente aí, que fato peculiar me fez recordar de dois grandes amigos que “já se foram” e coincidentemente, seus restos mortais, se encontram por ali sepultados...
Tristeza muito grande e eu posso garantir, perder para a morte pessoas muito importantes na vida... Não recomendo e nem indico... Mas, quem o pode evitar? Quem que tem a ousadia de até não indicar? Está no destino de cada um! Cada ser nesse mundo, individualmente, definitivamente, terá grandes ganhos e é claro, grandes e insubstituíveis perdas... trágicas, mesmo! É o destino! Quer queira... quer não!
Nesse caso em específico, aconteceu uma espécie de percalço na amizade de ambos, os fazendo distanciar seus laços de amizade e nessa vida, pelo que tive conhecimento e acompanhei, nunca mais voltaram a se falar...
O que jamais podiam imaginar (em vida, é claro) que por circunstâncias fortuitas mesmo, iriam ter seus restos mortais o mesmo local de “repouso eterno”, embora, logicamente, em túmulos diferentes!
(...)Literalmente: a vida os separou e... A MORTE OS UNIU!(...)
E nem é história de contos de fada é a realidade nua e crua de acontecimentos da vida comum que poderia ocorrer com qualquer um... Nunca mais dirigiram a palavra um ao outro!
Obviamente, como eu os conhecia perfeitamente, soube dos motivos do rompimento da amizade entre eles , como também soube, quem no caso, estaria de fato, com a chamada “razão!”
Porém, como era amigo de ambos, não poderia tomar partido de nenhum deles, sob o risco de perder a amizade de ambos...
Fato é que, suas mortes me abalaram sobremaneira, que passados anos, ainda não consigo acreditar, haja vista, ambos estar muito jovens ainda, para a realidade mortal dos brasileiros que ultrapassa os 70 anos de perspectiva, enquanto, tinham pouco mais de 50!
Se reconheceram seus erros e continuaram uma saudável amizade além, reconhecendo ter sido estúpidos os motivos que os separaram, etc., eu não o sei...
            Mas, o que sei é o seguinte: enquanto vida for vida e enquanto mundo for mundo e enquanto estiverem sepultados no mesmo local, sua rivalidade, finalmente, deu lugar ao descanso duradouro do que sobrara de seus corpos... Pena que a tal rusga, de uma certa forma, tisnou o que poderia se chamar , por exemplo: LAÇOS DURADOURO DE UMA MUITO LONGA AMIZADE