Por si só, ser Imperador na antiga Roma, talvez pela materialidade de sua época e banalidade dos costumes, significava, algo como “governar com os deuses!” Estar na primeira capital do mundo (à época) e ser patrício romano, era mais que ser , por exemplo, nos dias atuais,  europeu ou americano... Dado o prestígio que gozava no Estado e obviamente, no mundo!
   Agora, ser Imperador e ainda ser gladiador ao mesmo tempo, seria algo inimaginável e por parte da sociedade também: abominável, inaceitável!
   Acontece que, algo do dito popular, é sim, completamente falho, quando se fala por exemplo, entre a crendice popular, algo do tipo: “filho de peixe... peixinho é...”
    Até pode ser no tocante ao filho seguir os passos do pai profissionalmente e gozar do seu “status”, enquanto ser vivo. Porém, no tocante a herdar algo de suas qualidades pessoais, o negócio é mais complexo. Pode até ser que exista lá, um filho, exemplo do pai, pessoal, tanto quanto, socialmente. Mas, não fora esse o caso do personagem em questão, filho do grande Imperador MARCO AURÉLIO (3).
    Mas, a verdade é que, CÔMODO, como Imperador, era uma verdadeira lástima e como gladiador, um engodo... uma farsa!
      Na realidade, para satisfação de seu ego, para se sentir como “descendente”, por exemplo, de Hércules (5) , descia à arena, para lutar com adversários previamente escolhidos e debilitados, que não tivessem a mínima chance de lhe oferecer resistência e os assassinava friamente, para poder se sentir herói. E os pobres animais que também aniquilava no “circo” romano, fazia-o covardemente. Ou de um lugar seguro para não ser molestado ou do conforto de seu trono, em local privilegiado. Ou seja, fora ele, quanto pessoa, o primeiro inaugurador do termo tão usado hoje em dia, uma: “FAKE NEWS!” Uma mentira...
     Não seria nem o caso de o comparar (Cômodo), a família Bolsonaro, por exemplo, porque, nesse caso, à exemplo do pai, todos são medíocres, tanto no comportamento, quanto no ideal , tanto quanto o pai. Nesse caso concreto sim: “TAL PAI TAIS FILHOS...”.
      A princípio, chamou minha atenção quando vi algo nos anais da história escrita, o chamado Imperador gladiador e me interessei em saber sobre esse personagem singular, pois acreditei se tratar de um fenômeno sem igual. Pois,  um homem, deixar o “alto” de sua mais importante posição no mundo, para descer ao nível de escravos (que eram os gladiadores, sim) e lutar com eles e ainda vencer tais lutas... seria fantástico. Mas, era uma grande farsa. O pobre diabo, sequer conseguia cumprir suas obrigações quanto Imperador, quiçá, ser qualificado como gladiador. Não era nem uma coisa e nem outra, se o fosse exigido a rigor, a qualificação desses termos, como predicado individual. Muito diferente de seu pai , MARCO AURÉLIO, o imperador filósofo, que tinha lá pelo poder, a mesma ojeriza (4), que detinha CÔMODO, pelos bons costumes! Um medíocre, tanto de personalidade, quanto de competência social e política!
Exemplo de ser humano a não ser seguido nem pessoal e nem no comportamental, só não disseram isso, ao clã que ainda ronda o poder no Brasil, ansiosos para um pretenso novo “GOLPE DE ESTADO!” Para garantir mais anos sem trabalharem e viveram eternamente, às expensas dos trabalhadores brasileiros!
Afinal, essa Democracia brasileira, aceita e tolera muita coisa. Acredito que até CÔMODO, nos dias atuais, se sairia muito... muito bem por aqui!

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(1) Lúcio Aélio Aurélio Cómodo - Imperador romano - governou entre 180 e 192. Era filho e sucessor do imperador Marco Aurélio.
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(2) O Gladiador era um escravo lutador na Roma Antiga. O termo utilizado para definir os escravos que eram forçados a lutar por suas vidas no antigo Império Romano é proveniente de uma espada que utilizavam em combate, o gládio. Os primeiros registros existentes sobre lutas de gladiadores em Roma são datados de 286 a.C..
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(3) Marco Aurélio (121 - 180 d.C) – “O IMPERADOR FILÓSOFO!” - nasceu em 26 de Abril de 121, considerado o último dos cinco bons imperadores romanos. Em sua época, estima-se que 1 a cada 5 pessoas da terra viviam nos domínios de Roma, portanto ele era o homem mais poderoso de seu tempo. Marco, não era o herdeiro direto e nunca desejou ser imperador. Considerava essa função como um fardo e preferia dedicar-se à filosofia, especialmente ao estoicismo, o qual estudava desde a sua infância.
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(4) OJERIZA - substantivo feminino - sentimento de má vontade, aversão, antipatia gerado pela intuição, por uma percepção, um ressentimento.
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(5) HÉRCULES - indivíduo de força incomum; homem forte e valente