“cuidado com aquilo que você deseja!”
Como eu gostaria que uma figura assim tão emblemática, estivesse ligada diretamente a “árvore genealógica” de outra família. Seria melhor, os comentários e dissertações soariam mais contundentes, mais sarcásticas, mas mordazes... etc. Entretanto, tal personagem , infelizmente, para mim e para ele principalmente, tal personagem foi sim, do minha “árvore...”
Mas, no seu caso , o único atenuante, foi porque seguindo a “cartilha” da maioria de seus familiares, não procurou se esclarecer, estudar, compreender determinadas regras da sociedade teoricamente e tecnicamente e sendo um completo ser, alheio aos estudos e completamente avesso a toda espécie de religião, acreditava que sabia tudo e sabemos nós , que ninguém sabe nada. Além do mais se orgulhava em dizer aos “quatro ventos” que seu deus... “era dinheiro no bolso!” Quanta ignorância! Quanta estupidez! Quanto materialismo... Logicamente, religião, talvez não conduza almas para o reino dos céus, como a história sabiamente o provou, mas, pelo menos, pode arrebatar um homem ou uma mulher “do reino animal!”
Dominado, finalmente, pelo vício do “álcool”, perdera tudo: família, dignidade, honra, bens materiais, veículos, o moral... mas, continuava firme em seu orgulho assegurando principalmente: “que a bebida não lhe fazia mal... o cigarro lhe era mais prejudicial!” (E de fato, parara com o último vício, exceto, o principal).
Observando bem sua trajetória, acredito que seu orgulho, principalmente, o impedira de ver, o quanto sua vida era decadente, o quanto estava alheio a realidade e o quanto teria que padecer, para entender que a existência não é somente dinheiro e vaidade, orgulho e presunção, aliados ao desejo sequencial de “beber”, são componentes fatais para dar cabo finalmente, de uma vida dissoluta!
Não obstante ter tido uma vida com nuanças trágicas, pelo fato de ter obtido alguma vitória no âmbito material e ter conseguido alguns bens (que diga-se , perdera tudo posteriormente), ainda se tornara “objeto de adoração”, por outro membro do clã, o qual chegou mesmo a asseverar: “ele é quem sabia viver!”
Dizia isso, o tal outro membro do clã, porque admirava sua forma “desprendida” de sobreviver, gastando, bebendo, se divertindo... para no final, acabar como mendigo e morrer como tal , em vilarejo dos arrebaldes da grande Capital!
Sobre isso, eu gostaria , se possível de observar ao outro: “cuidado com aquilo que você deseja. Pode conseguir!”
Fracasso como pai, péssimo irmão, (se bem que nesse caso, há controvérsias quanto a outrem) esposo então... enfim, no final, sua única preocupação afinal, era ingerir apenas mais um gole fatal... o qual confirmando semelhante prerrogativa, de fato o aniquilou, não sem antes, destruir toda sua estabilidade física e emocional, e mesmo aí, nunca admitiu o seu maldito vício amoral!
Quem dera pelo menos, tivesse sido de fato, um déspota em sua mais clara e ampla significação da palavra, quando se denomina um político comum. Não! Tivera todos os trejeitos dessas criaturas, mas, não se tornara absolutamente nada! Abandonado por quase todos e por si próprio, faleceu no meio do mato sem sequer ter tido no instante final, que fosse pelo menos, um leito decadente em um hospital!















(1) DÉSPOSTA: que ou quem exerce autoridade arbitrária ou absoluta